quinta-feira, 13 de junho de 2013

Qual é o remédio para o cinema nacional?

Conte quantos filmes nacionais você viu esse ano. Ok. Conte agora quantos não tinham como entrada o intimidador logo da Globo Filmes. Pois é, será que nosso cinema é monopólio de uma empresa hegemônica nos nossos meios de comunicação? Será que realmente há chance de um filme sair com absoluto sucesso sem a parceria da Globo Filmes? Temos muito o que pensar, temos muito o que discutir...

O tema desse post surgiu com uma visita no twitter de Marcelo Rubens Paiva, um dos colunistas do Estadão online, que trazia em um de seus posts um debate entre o ex-diretor da Globo Filmes e o diretor de Som ao Redor, cujo filme e suas peculiaridades falaremos daqui a pouco, Kleber Mendonça Filho. Resumindo, os dois discutiam em suas respectivas redes sociais sobre a influência da Globo Filmes, se era influência demais ou não. E é claro, isso me deu o que pensar...

Desafio alguém definir o nosso cinema. Para que público ele é produzido? Temos público? A resposta para a última pergunta é sim, temos sim. Mas, para qual tipo de filme vemos com mais frequência? Depois da famosa "retomada" que todos falam, que foi possível através de um incentivo governamental, o cinema tem alavancado com estórias ou biografias - são as que mais atraem público - de pessoas como a gente, com piadas que são extensão de programas humorísticos da Globo. E até que ponto isso é inovador?

Admito que SIM, as novas comédias servem para cativar um público jovem, fiéis de filmes como "Os vingadores" e de mega produções, mas o que pode ir além? De penas pro ar 2, Os penetras, Vai que dá certo? são filmes que, em sua essência, têm momentos de inovação, por exemplo o primeiro com uma mudança de eixo da mulher que é profissional do sexo, não no sentido bíblico, e não tem nenhum pudor mostrando a nova cara do século XXI. Isso é bom, sou muito fã do trabalho da Ingrid Guimarães. Na verdade, esse post não é uma avacalhação aos trabalhos dos respectivos diretores e atores que tiveram seus filmes patrocinados ou distribuídos pela Globo Filmes, mas uma reflexão, de até que ponto, uma monopolização dos filmes que tem uma propaganda forte e enchem uma sala a cada sessão, é saudável para a nossa cultura. 

É claro, que todo esse assunto - sem levar em conta as abobrinhas de teorias de conspiração - vai além desse post. O cinema pode revelar muito mais que um passatempo. Em tempos difíceis  ele era uma arma carregada de significado e ideologia - esta última é que devemos ter cuidado, mas isso é outro assunto...

Encerrando o post, decidi colocar uns trailers sobre filmes desse ano vieram/virão com tudo - sendo eles da Globo Filmes ou não.

Faroeste Caboclo


Uma História de Amor e Fúria


A Busca

Somos tão Jovens

O dia que durou 21 anos



Para ver o post que originou todo esse meu pensamento louco, veja aqui! E também - navegando por aí - descobri esse site ótimo (!!!!) que fala sobre todas as produções e suas datas de estréia <3 Muito amor, né? Deixe sua opinião sobre o assunto, caso concorde ou não sobre tudo que foi dito aqui, esse tema é bem importante! :-)

PS: Sobre o Som ao Redor prometo que farei um post na coluna "Você precisa conhecer".

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