quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Amor, livros e filmes

Escolhi 5 filmes que tenham bastante drama ou algum personagem dramático. E se engana quem pensou que vai ser uma lista boboca só pra meninas, aposto que vai ter muito marmanjo chorando por aí. Então vamos lá!




# Não me abandone jamais
Ok, já peguei pesado com o primeiro da lista, mas a história não decepciona nem um pouco! Nesse filme, os personagens tem suas vidas sob um propósito: eles nascem, crescem e doam órgãos. É um pouquinho aparecido com A ilha, mas tem um fundamento melhor. Eles sabem de seus destinos e não se rebelam, é totalmente aceitável aquelas condições... Contudo, a chance de não terem a sentença de doação sob a comprovação de amor entre dois doares é o objetivo de vida de Kathy e Tommy.
Maaaaaas, além de tudo isso, ao longo do filme temos um constante triângulo amoroso que mexe com a emoção de todos os espectadores. No elenco temos Keira Knightley, Andrew Garfield (Espetacular Homem-Aranha) e Carey Mulligan (Shame). Nota 10!

# Desejo e Reparação
Mais um filme que conta com Keira Knightley no elenco, só que agora com a parceria de Joe Wright! Desejo e reparação conta a história Cecila,  Robie (James Mcavoy - X-men First Class) e seu amor durante a Segunda Guerra Mundial. Aqui sentimos muitas coisas ao mesmo tempo, agonia, esperança, raiva e por último surpresa. Um dos filmes que me deixou mais boquiaberta!



# Sete dias com Marilyn
Não houve nenhum mortal que resistiu aos chames e encantos de Marilyn Monroe e é sobre isso que o filme irá tratar. A história se passa durante os bastidores do filme The prince and the showgirl de 1957 e narra o envolvimento de Marilyn (claro!) com Colin Clark durante as gravações do filme e da lua mel de Marilyn e Arthur Miller (que safadinha!). Michele Williams foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 2012 com o papel e foi uma das atrizes que mais me surpreendeu interpretando a musa.
Ps: Este é um dos menos dramáticos da lista.

 # Um dia
Esse filme é lindo e conta com um casal cuja química rolou logo: Anne Hathaway e Jim Strugess. Na trama, Emma e Dexter são amigos que escolheram um dia do ano pra celebrar a amizade entre os dois. Ao longo dos anos, a vida do casal toma rumos diferentes até decidirem realmente ficar juntos. Confesso que me emocionou muito e esse filme tem apreço maior dentre todos os outros...










Não sei se você percebeu, mas todos os filmes são baseados em livros, todos homônimos. De todos da lista pude conferir Um dia e Minha semana com Marilyn, ambos totalmente convidativos e encantadores. Quem sentir saudade depois da história, ou querer ler antes de ver o filme garanto que será uma boa leitura!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Conheça o "Amour" de Michael Haneke.

Muitos são os filmes que retratam o amor, que colocam esse sentimento em primeiro plano, seja o amor materno, paterno, o amor entre amigos à forma mais "comercial": o carnal, ou o comum e belo amor, exemplos para isso não faltam como "Ghost - Do Outro Lado da Vida", "Moulin Rouge - Amor em Vermelho", "Shakespeare Apaixonado", entre outros. No entanto, quando Michael Haneke leva às telas "Amor" ele alça esse sentimento ao mais incrível teor de sensibilidade, nobreza, impotência e por que não, beleza.

O roteiro da obra segue Georges e Anne, um casal de idosos aposentados, que quando em atividade lecionavam música. Entretanto, após Anne ter tido um derrame que paralisou o lado direito do seu corpo, Georges começa uma dura vida de entrega absoluta ao grande amor da sua vida, e de dilema com a filha musicista que mora em uma país estrangeiro, que ao ver a situação da mãe quer tentar dar uma "vida" melhor a matriarca da família. É quando uma crise ainda maior faz com que Georges coloque o seu amor em um plano de enorme renúncia a tudo que sempre presou. 


Dirigido por Michael Haneke, "Amor" é uma lição a todas as pessoas do verdadeiro sentimento por trás dessa palavra, o filme é um hino a melhor idade. Não há como não se emocionar com o desfecho da película. O cinema francês brinda a um dos melhores filmes de 2012, o conjunto da obra e o fim, certo, mas aterrador, faz dessa obra um clássico sobre a importância da vida em todas as sua proporções.

Haneke conduz com maestria, todas as passagens são de enorme importância para a construção da obra em si, o tom de sensibilidade perfaz a projeção em seu todo, e os poucos diálogos, nos obrigam a uma reflexão sobre a dignidade da vida e a condição de existência com poucos recursos de sobrevivência, mas também a perseverança em continuar a lutar pela sua existência. Em suas várias cenas sem quase nenhuma conversação, o momento fica propenso para uma introspecção do expectador no que se está visualizando, embora para alguns soe um tanto quanto cansativo e monótono, algo certamente pensado e arriscado pelo diretor. 

Em face disso, pode-se dizer que o roteiro de tamanha atenção a provocar emoções acabe por perder ritmo em certos momentos, mas que logo em seguida é recuperado seja por uma boa temática debatida, ou uma ação de um dos personagens que provoque espanto e admiração na pessoa que assiste, tudo é pensado milimetricamente.



No entanto, a peça chave dessa grande obra está no elenco, Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva brilham em cena. Ele leva seu Georges a uma condição um tanto visceral do amor que sente, chegando a um comportamento dilacerador, é dele uma das mais emocionantes cenas do filme, com sensibilidade, e calmaria retrata exatamente o período de dor e sofrimento por que passa; enquanto que Emmanuelle Riva, indicada ao Oscar, é sublime, sua entrega a partir do terceiro ato da projeção, e sua interpretação do drama vivido pela personagem é de um realismo bastante interessante, impossível não se emocionar, digna de uma estatueta.

Para quem ouse pensar que pelo título terá uma obra "apaixonante", ou de cunho sonhador, Michael Haneke nos entrega um filme sério, duro, cruel em certos momentos, e bastante real, diante da impotência do estado de degeneração do corpo humano, a que somos suscetíveis. Ele retrata que o mais importante é o convívio entre o casal, nada mais importa quando se chega nessa situação, do que o amor mútuo entre os dois, isso fica notório na solidão do enquadramento imposto pelo diretor na alocação unicamente na parte interna da casa do casal.

De menor apelo comercial, "Amor" chegou ao cinemas em poucas salas, indicado ao Oscar de Melhor Filme, Diretor, Atriz, Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro, é certeza absoluta o ganho na última categoria, e dever da Academia no alto dos seus 85 anos, 86 no dia da premiação, entregar a estatueta de atriz para Emmanuelle Riva, uma das maiores atrizes do cinema francês.

Por fim, tem-se que a obra, lenta, mas gradual, é bastante interessante, mas que divide opiniões, ao seu desfecho restam apenas aplausos ao campeão da Palma de Ouro em Cannes do ano passado, atuações fascinantes e uma história tão incrível quanto emocionante, um filme de qualidade como há muito carece o mundo cinematográfico. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas" Por: Caio Cesar


Hoje, nós temos um post especial. Geralmente, somos nós administradores que elaboramos o que será publicado, mas teremos uma participação mais que especial, nesse post ao qual vocês lerão. Eu convidei meu amigo Caio César, historiador igual a nós do Cinema e Cultura, e depois de muito tempo, ele aceitou o convite e nos brindou com suas ótimas idéias. Divirtam-se, reflitam, comentem o que ele escreveu.

“Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas, do qual ninguém faz realmente ideia” Jostein Gaarder

Quando pensamos em contos de fadas nossa memória aponta-nos fadas, duentes, princesas e príncipes, tudo o que pertencente ao fabuloso, no qual são refletidas experiências irracionais que nos distanciam da realidade. Quantas vezes escutamos e proferimos que contos de fadas é coisa de menininha, balela para crianças dormirem? E se te digo que todas essas concepções partem de reflexões preconceituosas? Então meus caros acomodem-se porque, se mundo cairá, ou melhor, florescerá realísticamente pelo fabuloso.

Brincadeiras à parte, o Cinema e Cultura buscará trazer a vocês um novo olhar para os contos de fadas que povoam nossas infâncias.

Os Contos de fadas sempre estiveram presentes e vivos na sétima arte. As produções em desenho animado da Walt Disney os eternizaram, contudo contribui para a visão distorcida e eufemizada dos seus conteúdos, ou como dizem sua “moral da história”.

Segundo o historiador Robert Darnton[1] em seu livro “O grande Massacre de gatos”, os contos de fadas não eram voltados para o publico infanto-juvenil, mas para os adultos refletirem seus costumes e comportamentos enquanto sujeitos na sociedade. O trabalho de Darnton é o que nós historiadores classificamos de “História das Mentalidades”, ou seja, ele buscou estudar o que os franceses do século XVIII pensavam  sobre si e sua sociedade, e como esse pensar era construído e difundido. Por conseguinte, os contos eram utilizados no intuito de reflexão das dificuldades, perigos e mazelas da vida cotidiana, de forma a consistirem na busca de afago. O “velhaco”, as pessoas espertas e astutas são exaltadas e postas como modelos.

Destarte, trouxemos três filmes para analisarmos. Há uma lista rica de filmes de contos de fadas, mas vamos as nossas escolhas.


#Espelho, Espelho Meu (2012)
O filme é estonteante pelo figurino rico e detalhado, bem como o cenário que traz toda austeridade fabulosa. Com direção de  Tarsem Singh, roteiro de Melissa Wallack e Jason Keller, a produção faz uma releitura divertida e gostosa do conto de fadas mais famoso “Branca de Neve e o sete anões”.
E como não se encantar com a madrasta má Julia Roberts, nossa eterna “linda mulher”.


#Branca de Neve e o Caçador (2012)
Branca de Neve e o Caçador é o primeiro longa metragem do então diretor de publicidade Rupert Sanders. O filme absorve bem a atmosfera medieval, e os efeitos especiais dá a produção os ares fabulosos dos contos de fada.
Charlize Théron rouba a cena como a Rainha Má. Não sei vocês, mas tive em diversos momentos a sensação de que Edward Cullen ou Jacob Black apareceriam a qualquer momento para salvar Kristen Stewart. 


#A Garota da Capa Vermelha (2011)
Catherine Hardwicke mergulhou na versão original dos irmãos Grimm, bem como no imaginário medieval e seus medos. 
Billy Burke, Julie Christie e Gary Oldman estrelam o filme. Amanda Seyfrid estava linda como a doce garota de capa vermelha.

No imaginário dos homens e mulheres do medievo esses contos transmitiam significados ao seu cotidiano. A madrasta, segundo Darnton é figura marcante naquela sociedade, no qual as mulheres morriam no parto devido à falta de higiene e conhecimento médico. Branca de Neve também é um alerta aos perigos da vaidade e frivolidades. Em chapeuzinho vermelho Darnton analisa a prática canibalesca da população pobre medieval, chegando a heroína comer a carne e beber o sangue de sua avô. Outra abordagem se dá pela passagem da vida adulta feminina, sua natureza sexual e seu papel social embutida nos contos.

A pergunta que lançamos: o que essas releituras dos contos de fadas querem falar à sociedade contemporânea? Até que ponto reflete o pensamento ou o querem construir?

Uma das direções que apontamos é a marca de que nossas heroínas não mais esperam o Príncipe Encantado para salvá-las, seria uma característica da mulher moderna? Bem como o destaque dado aos vilões levando-nos a uma possível compreensão da natureza de suas almas. Por que as vilãs estão na moda?

Os contos nada mais são do que fruto da construção humana, do homem que é filho do seu tempo. Nossa reflexão não buscou caracterizar as produções recentes como tendenciosas à falta de roteiros criativos, mas sim tentamos simploriamente trazer uma visão voltada a ver o homem hoje através do cinema, como o fez Robert Darnton.










[1] http://history.fas.harvard.edu/people/faculty/darnton.php

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

As Vantagens de Ser Invisível: Geração adolescentes-independentes

Escrito e dirigido por Stephen Chbosky, baseado em seu próprio livro de 1999, “As Vantagens de Ser Invisível” chegou para se tornar uma das melhores produções cinematográficas de 2012. Mesmo possuindo um texto extremamente satisfatório como material fonte, a obra cinematográfica poderia recair, facilmente nas armadilhas que tornam o subgênero de filmes adolescentes-independentes com teor dramático/romântico.

Ter Chbosky no comando da adaptação mantém a força do material original. Ninguém entende e se preocupa com os personagens mais que seu autor, afinal - e ele valoriza cada momento de tela de todos eles. A primeira aparição de Sam, por exemplo, é memorável e Emma Watson esvazia em segundos qualquer resíduo de sua atuação como Hermione que possa teimar em permanecer na mente, depois de 10 anos vendo-a no papel da bruxinha. Ela está adorável e sabe trabalhar toda a complicada bagagem da personagem.

A trama fala sobre um rapaz problemático e introvertido chamado Charlie (papel de Logan Lerman, ótimo aqui), que tenta fazer amigos e ser aceito nos primeiros dias de aula do segundo grau. Sua vida de isolamento muda radicalmente quando ele decide fazer amizade com Patrick (Ezra Miller), que lhe apresenta um novo mundo de amigos descolados. Entre eles, Sam (Emma Watson), por quem o protagonista começa a desenvolver grande afeto. Falando assim, “As Vantagens de Ser Invisível” soa como um filme adolescente raso qualquer, e isso seria uma injustiça. A verdade é que nas entrelinhas é onde a obra ganha seus grandes contornos. Stephen Chbosky, o diretor, consegue imprimir grande sentimentalismo e drama ao filme, sem nunca exceder sua aceitação. Até o mais cético crítico deverá se emocionar aqui. Tudo é realizado com extremo bom gosto.



Os elogios ao criador são merecidos. Igualmente, precisamos dar crédito e reconhecimento aos outros chamarizes aqui, o trio protagonista: Logan Lerman, Ezra Miller e Emma Watson. Lerman, que foi o D´Artagnan da versão de “Os Três Mosqueteiros” de Paul W. S. Anderson, tem a chance pela primeira vez na carreira de demonstrar que é um tremendo ator. Já Ezra Miller, o assustador personagem título de “Precisamos falar sobre o Kevin” (um dos filmes mais impactantes do ano passado), demonstra todo o alcance de sua atuação ao entregar o carismático Patrick, um personagem leve, totalmente diferente de seu desempenho no perturbador projeto citado. Miller e Lerman são dois ótimos jovens atores cujas carreiras devem deslanchar certamente muito em breve.

O cineasta também esta muito à vontande com relação à música. (Sem dúvida, aqui fala um fã dessas canções e trilha maravilhosa). As canções do filme estabelecem identidade aos personagens e abusa de referências dos anos 80 e início dos 90. Ouvem-se Pavement, New Order, L7, Cocteau Twins, Sonic Youth, The Smiths... que são colocadas ao lado da clássica, "Heroes" (77), de David Bowie, que soa como o hino do filme. A música toca em dois momentos importantes e serve para demonstrar a sensação, hoje quase perdida, da descoberta sonora (ou qualquer outra). Afinal, eram os anos 90, quando se você ouvisse uma música e não soubesse seu nome, não adiantava cantarolá-la, você tinha que trabalhar pelos seus gostos e seu desenvolvimento cultural.



As Vantagens de ser Invisível” é um desses filmes que torcemos para serem lembrados e elogiados por sua qualidade. Com sua trama centrada no início da década de noventa, a obra faz uso de uma das melhores trilhas sonoras do ano (que marcam o compasso da produção), e embora tenha mais esperteza e criatividade em seus diálogos e interações do que saibamos poder existir na vida real, existe honestidade suficiente aqui para fincar o filme em nosso mundo. O filme termina uma sensível história de amizade, descobertas e amor idílico que faz pensar. A frase "Nós aceitamos o amor que pensamos merecer", um dos motes do filme, sozinha, rende algumas boas reflexões. A vibração pelas descobertas, a expectativa pelo próximo "mistério", é igualmente emocionante. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Review sobre Django Livre

Já aos primeiros momentos do filme Django Livre vemos cicatrizes dos negros que andam pelo deserto atrás de seus proprietários. Ao longo do post, vai soar bem estranho o modo que vou escrever, devo logo me adiantar que não tenho nenhum tipo de preconceito e toda os termos que irei usar, foram usados no filme. Tarantino trabalha a escravidão de uma forma crua, tanto linguisticamente quanto visualmente. O diretor não poupa as torturas, os castigos e os insultos, o que nos causa espanto e tristeza.
A quantidade da violência no filme é uma linha tênue entre a característica do diretor e a real escravidão. Todos os insultos, sejam raciais ou sexuais, me provocaram um sentimento estranho por saber o quanto a escravidão esteve presente na nossa formação histórica e de identidade. Engraçado como a questão visual do cinema me chocou mais do que os livros que li sobre o assunto... De que a escravidão foi horrível não é um fato inédito pra ninguém!
A questão linguística, já mencionada acima, nos provoca ainda mais "espanto". Em uma cena, Django fala "I is slave", o verbo is traz toda a carga de propriedade/coisa que a escravidão podia fornecer. A escravidão estava mais além do modo econômico, estava na mentalidade... Mais uma comprovação disso é o personagem de Samuel L. Jackson, um escravo preconceituoso que me deu muito ódio - ok, sem spoilers, mais suspense.



Django Livre foi indicado a Oscar e vale a pena comentar cada uma das indicações já que vi o filme.

# Melhor Filme
Meu argumento para essa categoria é o contexto que Django Livre retratou, a forma que retratou e seu grupo de atores. DiCaprio, Fox e Samuel L. Jackson são as minhas ressalvas do filme, que por ser histórico não teve tantos anacronismos assim. A escravidão estadunidense não é retratada nos filmes, talvez por questão de interesses, parecendo que eles não tiveram esse passado tão obscuro.

# Ator coadjuvante - Christopher Waltz
Esperando um espetáculo como em Bastardos Inglórios, a atuação de Waltz não decepciona. No filme, ele é um homem a frente de seu tempo, que sem nenhum preconceito aparente ajuda Django em busca da sua amada. Foi o personagem que mais me cativou no filme.

# Roteiro Original
Bem, essa categoria entra um pouco na de Melhor Filme. O roteiro é a base de um bom filme e Django Livre tem início, meio e fim. Você não se perde e ele une todas as narrativas. Acho que nessa categoria, vence.

# Fotografia
Western foi um gênero que Tarantino, apesar de ser um fã, não tinha arriscado antes. As paisagens são esplêndidas! O velho oeste, o foco e o colorido... Na verdade, a sua fotografia já é bem característica para os fãs, então é só uma aprimoração que vem evoluindo desde Kill Bill.

# Edição de Som
Outra característica marcante de Tarantino. Por ter muitos tiros e ser considerado, por mim, um filme de ação, Django Livre tem uma edição de som perfeita que junto com a Fotografia traz um filme com muitos detalhes visuais.

Bem, Django Livre é um dos filmes obrigatórios e um dos meus favoritos do ano. pois é, o ano nem começou e já veio esse excelente filme para minha coleção de favoritos. Minha última ressalva é absorver toda a crítica e reflexão sobre um tema muito delicado. Contudo, o filme pode ser apreciado também com bastante humor ácido, afinal estamos falando sobre Quentin Tarantino!


HAUHAHUUAHUHAUHA não consegui resistir, tive que postar!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Músicas chicletes!

Decidi escrever esse post no meio da madrugada pra me libertar de uma música que não sai da minha cabeça desde ontem. O meu último post foi sobre o mundo de Tarantino (para reler, clique aqui!) e depois de todo meu envolvimento com seu universo e suas trilhas sonoras, a música Django, de seu novo filme, grudou igual chiclete na minha cabeça. Já ouvi mais de cem vezes (oi, hipérbole!), já cantei alto e nada de sair... Então, comecei a pensar em outras músicas chicletes que grudam na nossa mente após de vermos os filmes que as correspondem. Na verdade, a lista é bem pessoal, mas tenho certeza que pelo menos uma música você irá se identificar. Let's go!

# Quem quer ser um milionário?
A impressão que os indianos nos deixam é que suas vidas são piores que musicais da Broadway. Em Quem quer ser um milionário?, Jamal e Latika, após lutarem a favor se seu amor e finalmente conseguirem ficar juntos, dançam na estação final do trem a música Jai Ho. Toda cantada em hindi, eu somente gritava Jai Ho! e tratava de imitar a coreografia, porém depois da girl band Pussycat Dolls gravarem uma versão em inglês e tocar em todas as rádios (noite e dia), a coisa ficou complicada!


# Titanic
História linda, filme épico, música CHATA! Não tem como negar o quanto a voz da Celine Dion virou um saco depois de Titanic. A história de amor de Jack e Rose foi eternizada pela música My Heart Will Go On e até hoje é um ícone no karaokê do botequim do seu José (nos dias de fossa, claro). Essa música ganhou o Oscar em 97 consagrando Titanic para sempre com a música chiclete mais deprê de todos os tempos...

# Django Livre
Vou apresentar o motivo de escrever esse post! A música de Luis Bacalov para o novo filme de Tarantino dramatiza a caminhada dos negros nas terras do sul; devo dizer uma cena perfeita, uma música impactante, um chiclete bom. Aqueles de tutti frutti. Devo também dizer que me vicio muito fácil nas trilhas sonoras dos filmes de Tarantino, alguns exemplos são Girl, you'll be a woman soon, Bang Bang, Hooked a Felling... Esse talento de escolher as músicas certas fazem o filme ficar ainda mais gostoso de assistir.


# 007 contra Goldfinger
Com tantos filmes do 007 por aí fica difícil escolher a melhor música tema. Mas, indo nas origens, no tempo em que o James Bond era o sedutor Sean Connery temos um filme ilustre (um dos meus prediletos!): 007 contra Goldfinger. A música tema é sensacional e às vezes me pego cantando. Nota 10000.



# Laranja Mecânica
Esse filme já virou um símbolo da cultura pop e no meio da história de Alex e seus companheiros a música do filme ilustre da década de 60 Singing in the rain é cantada de forma irônica e única. Muito melhor que na voz de Gene Kelly (me perdoe a blasfêmia!).



# Nightmare before Christmas
Jack Skellington também virou um símbolo da cultura pop. O filme do Tim Burton tem canções incríveis e a que eu mais gosto e canto sempre que é época de natal: This is Halloween.


Como disse no início do post a lista é bem pessoal, mas você pode comentar sobre as suas músicas chicletes. Boas e ruins! Até a próxima. :-)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

+ Tarantino

Esperar um filme do seu diretor favorito não é fácil, ainda mais quando vê constantemente novas fotos, entrevistas e reviews... Em Django Livre, o novo filme de Quentin Tarantino, espera-se uma história incrível com excelente elenco, ou seja, mais ou menos parecido com Bastardos Inglórios.



Com isso, o Museu de Som e Imagem de São Paulo organizou um evento que exibe uma série de filmes que inspiram o mundo de Tarantino que nos choca e atrai. Como moro no Rio de Janeiro e a maioria dos leitores do blog também, decidi fazer um post rápido sobre os filmes mencionados pelo MIS.

# Yojimbo (1961)
A história se passa no século XIX e conta a vinda de um samurai a uma cidade que sofre com a guerra entre duas gangues. Em 1962, Yojimbo foi indicado ao Oscar de melhor figurino preto e branco, mas não levou a melhor.  É visível o amor de Tarantino pela arte japonesa, basta rever Kill Bill vol. 2 e o adorável Pai Mei.


# O Grande Golpe (1956)
O universo cinematográfico de Staley Kubrick é praticamente tão complexo quanto o de Tarantino. Nesta obra, temos uma trupe que vai roubar um hipódromo (não é hipopótamo, não!). A forma noir como o filme se conduziu inspirou diretores mais jovens; para isso basta ver Cães de Aluguel.

# Django (1966)
Pois é, quem achou que a lista ia esquecer do estilo western se enganou... Afinal, esse gênero é uma das maiores admirações de Tarantino. Django tem as características essenciais de um bom filme de faroeste: duelos, anti-heróis e uma boa trilha sonora. Apesar de ter influenciado a nova obra de Quentin, não tem nenhuma conexão com a história do Django de Franco Nero.

# O Homem que Quis Matar Hitler (1941)
A filmografia de Fritz Lang é repleta de bons filmes, temos Metropolis e M, o Vampiro de Dusseldorf, ou seja, peças chaves para entender a estética do cinema alemão. Com todo o envolvimento pessoal de Lang com a produção de filmes na Segunda Guerra Mundial, podemos ver uma mensagem antinazista. A história de O homem que quis matar Hitler e o final de Bastardos Inglórios só podiam ser uma relação de musa e criador.


Faltou algum gênero de filme que marque o universo de Tarantino que a lista do MIS não citou? Comentem!