sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O ciclo vicioso de Quentin Tarantino





             Como começar a dizer sobre uma das mentes mais brilhantes e insanas do século XXI? Sou meio suspeita para falar dele, afinal é o meu diretor favorito de cinema. Nesse carnaval, como eu sou da folia total, decidi fazer uma maratona dos filmes de Tarantino para avaliar, dessecar, entender - ou tentar - o seu Universo.
Quentin renovou a cena dos filmes dos anos 90 nos EUA com seus diálogos memoráveis e o sangue infindável jorrado nas cenas. Sempre há (e haverá) uma imagem num Tumblr qualquer remetendo um de seus filmes. Não é atoa que ele recebeu 2 indicações ao Oscar de Melhor Diretor com Pulp Fiction e Bastardos Inglórios.
Seu estilo ÚNICO é fácil de se distinguir há kilômetros de distância, conseguindo transformar qualquer queridinho de Hollywood em uma personagem épica (como é o caso do Brad Pitty em Bastardos Inglórios com o seu sotaque excepcional). A sua participação em filmes como "Drink no Inferno" juntamente com o diretor Robert Rodriguez expõe sua versatilidade como roteirista num filme repleto de sangue, tiro, vampiras strippers e Manchete. Neste filme, Quentin e Rodriguez conseguem fazer um Thriller com toque acentuado de filme-B pra qualquer um aplaudir sua genialidade, ou morrer de rir, como foi meu caso.
Registro aqui uma ressalva enorme ao documentário do Selton Mello, Tarantino's Mind, que me incentivou a essa maratona sob um olhar mais crítico. Enfim, comecei por Cães de Aluguel (1992), um grande clássico, que mostra a linha de criação do diretor: a violência. Vive-se num mundo mal, sem alternativas grandes, pessoas morrem e são extramente cruéis. Você tem que lidar com isso.
Minha atenção e dificuldade em ver o ciclo vicioso do Universo Tarantinesco é o uso frequente dos mesmos atores (Harvey Keitel, Michael Madsen, Tim Roth e Uma Thurman). Essa reciclagem me confundiu bastante já que não se estabelece um final para cada personagem. Um exemplo pessoal é a personagem de Tim Roth, em Cães de Aluguel e o começo de Pulp Fiction. Ele realmente sobrevive ao tiroteio e se inclina para o crime como é mostrado no começo (e final) de Pulp Fiction? Nunca saberemos realmente todas as conexões, sejam elas parentescas (como o caso dos irmãos Vega), amorosas, profissionais  (seriam SL Jackson e John Travolta a segunda geração dos Cães de Aluguel?).
Contudo, o ponto de partida deste Universo Paralelo ao nosso e a maneira com que ele se dá é mostrada em "Bastardos Inglórios" onde o final da Segunda Guerra Mundial tem um desfecho inusitado e crítico (e cômico) com a morte de Adolf Hitler no Cinema, na França invadida. Trata-se do começo de um mundo cru e violento.
Todas essas teorias podem ser malucas ou plausíveis, afinal estamos tratando dele. Mais pespectivas inusitadas deixe nos comentários, quem sabe um dia deciframos o código...


Por: Nicolly Barbosa.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ciência e Arte

     A relação entre História e Cinema não se resume a filmes históricos. Vai muito além. História e Cinema são duas narrativas, dois fenômenos históricos que falam do presente, do passado ou do futuro. Estabelecem relações, arriscam ordenações lógicas ou, por mais paradoxo que possa parecer, caóticas também.
     História e Cinema podem falar de um mesmo assunto, de um mesmo tema. Mas as perguntas que fazem em relação ao passado são distintas uma das outras. Os objetos são outros, as pertinências e cobranças podem ser bem diversas. Partindo destes pressupostos, quais são as diferenças e semelhanças entre estas duas narrativas? De que maneira elas dialogam e colaboram para a construção de identidades e subjetividades de um tempo?
     A História vem se relacionando com o cinema ao longo dos anos, e discute as possibilidades de utilização do filme como fonte historiográfica e como recurso para o ensino da História em sala-de-aula. Deste modo, cabe apontar os problemas com o qual os historiadores tradicionalmente têm com a narrativa fílmica como no de semear uma discussão mais ampla no campo da historiografia sobre qual o papel que a produção.
     Com este post de apresentação do nosso blog, queremos apenas apresentar o que será discutido e debatido ao longo dos outros, não só com o cinema, mas também com a arte, a literatura, a música e o que mais possamos relacionar com a História. Não podemos nos esquecer que muitos filmes serão comentados, discutidos, premiações e tudo o que demais estiver envolvido com a sétima arte

Por: Leonam Monteiro