sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Brasil: nossos festivais de cinema

Então, resolvi dar voz ao nosso ótimo cinema, ao qual a indústria cinematográfica bem realizando, e principalmente, vem legitimando isso, em nossos ótimos festivais. E é sobre eles, que essa postagem tratar alguns dos melhores festivais de cinema no Brasil. Espero que gostem, assim como foi ótimo, rever e conhecer novos filmes.



Festival de Gramado

Festival de Gramado é um festival de cinema do Brasil, realizado anualmente desde 1973 no Palácio dos Festivais na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul. Desde sua 20a edição (1992), inclui não apenas produções brasileiras, mas também filmes de origem latina - donde sua designação oficial, "Festival de Cinema Brasileiro e Latino". É até hoje considerado um dos mais importante festival de cinema do Brasil. . O nome do troféu vencedor é Kikito.

“De “Toda Nudez Será Castigada”, em 1973, a “Colegas”, em 2012, a trajetória do Festival de Cinema de Gramado acompanhou todas as fases do cinema nacional. “Se olharmos para a história do Festival, podemos saber como foi o nosso Brasil e o nosso cinema nos últimos 40 anos", atesta o diretor Fernando Meirelles. Em 1992, com a internacionalização, o evento passou também a fazer um panorama da produção latino-americana, ampliando seus horizontes cinematográficos. Agora, chegando a 41ª edição, consolida o título de maior festival de cinema ininterrupto do Brasil, também se adaptando a novas tendências do audiovisual e trazendo os novos olhares de um cinema brasileiro contemporâneo e em constante mudança.” (Disponível em: http://www.festivaldegramado.net/historia)

Alguns dos premiados no festival, em seus respectivos anos:

1994 - Fresa y chocolateTomás Gutiérrez Alea
2001 - Memórias PóstumasAndré Klotzel
2002 - Durval DiscosAnna Muylaer
2008 - Prêmio especial do júri: A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele

Festival de Brasília

O Festival de Brasília tem por nome oficial Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ou FBCB, que é promovido pelo Governo do Distrito Federal, existe desde 1965, dedicado exclusivamente ao cinema brasileiro. Nas duas primeiras edições foi chamado Semana do Cinema Brasileiro. Uma das regras que o diferenciam de outros festivais é que os filmes, tanto de longa ou curta metragem, devem ser inéditos e preferencialmente, não ter sido premiados em qualquer outro festival nacional. Os vencedores recebem o Troféu Candango, em homenagem aos brasilienses, assim como prêmios em dinheiro.

Alguns dos premiados no festival, em seus respectivos anos:

1968 - O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla
1976 - Xica da Silva, de Cacá Diegues
1977 - Tenda dos Milagres, de Nelson Pereira dos Santos
1985 - A Hora da Estrela, de Suzana Amaral
1999 - Santo Forte, de Eduardo Coutinho
2000 - Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky
2001 - Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho
2002 - Amarelo Manga, de Cláudio Assis
2009 - É Proibido Fumar, de Anna Muylaert


Festival do Rio

O Festival do Rio é um festival de cinema internacional da cidade do Rio de Janeiro. Surgiu em 1999, como resultado da fusão de dois festivais de cinema anteriores, o Rio Cine Festival (que surgiu em 1984) e a Mostra Banco Nacional de Cinema, criada em 1988. Na mostra de 2007, foram exibidos mais de 300 filmes inéditos, brasileiros e estrangeiros de 60 países, inclusive os vencedores dos festivais de Cannes, Sundance, Veneza e do Oscar. O nome do troféu vencedor é Redentor,

Quando o Rio fala de cinema
Existe uma época do ano em que o Rio de Janeiro esquece o carnaval e o futebol. Durante esses dias, a Cidade Maravilhosa costuma se render a outra paixão: o cinema. O Festival de Cinema do Rio reúne, anualmente, dezenas de atores, diretores e outros profissionais em uma série de exibições, premiações e debates que colocaram o evento no roteiro de cinéfilos do mundo inteiro.

A maratona de cinema dura, normalmente, 12 dias, com exibições divididas entre cinematecas e espaços culturais da cidade. O circuito vale a pena tanto pelos filmes quanto pelos locais que recebem o público. Uma das grandes sacadas do festival é permitir que o público acompanhe o evento ao mesmo tempo em que realiza um tour diferente pela cidade, em pontos não tão tradicionais quanto o Cristo Redentor ou o Pão de Açúcar.

Alguns dos premiados no festival, em seus respectivos anos:

2003 - Narradores de Javé, Eliane Caffé
2006 - O Céu de Suely, Karim Aïnouz
2008 - Se nada mais der certo, José Eduardo Belmonte
2010 - VIPs, Toniko Melo
2012 - O Som ao Redor, Kleber Mendonça Filho

Mostra do Filme Livre

Mostra do Filme Livre é um festival de cinema do Brasil, realizado anualmente desde 2002 no Rio de Janeiro. O festival tem como principal característica a exibição e difusão do Cinema Livre e democrático.
Assim, a Mostra do Filme Livre é um grande painel de filmes que experimentam caminhos e atalhos na atual linguagem audiovisual, preferencialmente (não exclusivamente) filmes feitos sem apoio estatal direto. Além de exibir, debater e premiar os filmes livres que mais se destacaram na opinião da curadoria e do júri, a MFL publica textos sobre os filmes indicados aos prêmios e promove uma série de atividades paralelas, como oficinas e debates. A MFL também integra o Circuito Ascine de Cineclubes, promovendo sessões em diversas regiões do Estado

Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é um festival de cinema que ocorre anualmente na cidade de São Paulo (SP). É um evento cultural sem fins lucrativos, realizado pela ABMIC - Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema e com o reconhecimento da Federação Internacional da Associação dos produtores de Filmes. O Estado e o Município de São Paulo estabelecem outubro como mês oficial da mostra. A edição de 2012 acontece entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro, tendo como júri internacional Burghart Klaussner, Cao Hamburger, Danis Tanovic, Jan Harlan e Kanako Hayashi.

O festival já teve a presença de vários cineastas brasileiros. Convidados internacionais de destaque desde 1977 foram Dennis Hopper, Pedro Almodóvar, Miguel Gomes, Victoria Abril, Jane Birkin, Guy Maddin, Abbas Kiarostami, Claudia Cardinale, Amos Gitai, Les Blank, Quentin Tarantino, Maria de Medeiros, Wim Wenders, Alan Parker, Manoel de Oliveira, Kiju Yoshida, Atom Egoyan, Danis Tanovic, Satyajit Ray, Eizo Sugawa, Theo Angelopoulos, Marisa Paredes,Rossy De Palma e Jonas Mekas.

Cine Ceará

O Cine Ceará-Festival Iberoamericano de Cinema- é um festival de cinema que surgiu como "Festival Vídeo Mostra Fortaleza" no ano de 1991organizado pelos cearenses Eusélio Oliveira e Francis Vale. Acontece anualmente em Fortaleza e desde o ano 2006 sua mostra competitiva internacional abre espaço para filmes do universo iberoamericano Brasil, América Latina, Espanha e Portugal, além disso conta com uma mostra competitiva de curtas-metragens nacionais e um conjunto de mostras e eventos paralelos envolvendo cinema, dirigidos aos mais variados públicos. Acontecem também encontros de realizadores e produtores, palestras, seminários internacionais, lançamentos de publicações e filmes, entre outras muitas atividades. O nome do troféu vencedor é Eusélio Oliveira

Grande Prêmio Cinema Brasil

O Grande Prêmio Cinema Brasil é uma premiação instituída em 2000 pelo Ministério da Cultura com a finalidade de homenagear os filmes que mais se destacaram no ano anterior. Em 2002, teve seu nome mudado para outra premiação Grande Prêmio Brasileiro de Cinema.
É considerado o Oscar brasileiro. Inicialmente foi batizado de Prêmio Grande Othelo, homenagem cancelada depois que a família do ator discordou de pontos relacionados à utilização de seu nome e imagem.

As categorias contempladas são Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Documentário, Melhor Edição, Melhor Fotografia, Melhor Lançamento, Melhor Vídeo e Melhor Curta-metragem.

Alguns dos premiados no festival, em seus respectivos anos:

2001 - Eu, tu, eles, Andrucha Waddington
2002 - Bicho de sete cabeçasLaís Bodanzky
2003 - Cidade de Deus, Fernando Meirelles 
2006 - Cinema, aspirinas e urubusMarcelo Gomes
2007 - O Ano em Que Meus Pais Saíram de FériasCao Hamburger
2008 - EstômagoMarcos Jorge
2009 - É Proibido FumarAnna Muylaert
2011 - O PalhaçoSelton Mello

Além de já ter premido atores como: Matheus Nachtergaele, Rodrigo Santoro, Lázaro Ramos, Selton Mello, Wagner Moura, Fernanda Montenegro, Alice Braga, Hermila Guedes e Lilia Cabral.

Cine Pernambuco - Festival do Audiovisual

O Cine PE - Festival de Audiovisual, informalmente conhecido como Festival do Recife ou Festival de Cinema do Recife, é um festival de cinema brasileiro suportado pelo Ministério da Cultura, que acontece desde 1997 no Recife. O evento, considerado um dos mais populares do gênero do Brasil, exibiu até 2007 mais de 400 filmes entre curtas e longa-metragens.  O troféu entregue aos premiados pelo festival chama-se Troféu Calunga

Considerado o principal festival de cinema realizado no Brasil durante o primeiro semestre, o evento é também conhecido como o "Maracanã dos festivais". Tudo graças ao gigantesco Teatro dos Guararapes, com capacidade para 2,4 mil pessoas, que permite que o público compareça em peso às exibições.

“Este é, portanto, o perfil do CINE PE, após 17 anos de exercício profícuo. Na exibição, na formação de platéia, na difusão da informação e no treinamento o festival se tornou o grande encontro dos "profissionais da indústria" e dos "apaixonados pela arte". Um evento ímpar, que trouxe e continuará trazendo a marca do empreendedorismo cultural e dos pernambucanos. Uma bela "montagem" do que há de melhor no audiovisual brasileiro. Como numa “trilha sonora” harmoniosa que é digna de admiração e capaz de encantar a todos. Para orgulho de nossa gente!” (Disponível em: http://www.cine-pe.com.br/historico)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Oba Oba: Você conhece Doug Jones?

A resposta certa para essa pergunta é, SIM!!!!
Muito provavelmente você já o viu em algum filme de ficção científica, fantasia ou horror, mesmo que não esteja lembrado, eu sei que você o conhece. Mas, lembrar de sua verdadeira face é uma questão um tanto quanto complicada. Vou explicar...

Doug Jones é um ator americano que começou atuando em pequenos filmes infanto juvenis, como ‘Abracadabra’ [1993], ‘Guerreiros da Virtude’ [1997] e ‘MonkeyBone’ [2000].
Mímico e contorcionista, sempre utilizou desses recursos para ter uma ótima atuação corporal e um físico peculiar, tornando simples e se destacando na interpretação de criaturas excêntricas e bizarras.
Na maioria das vezes assume papéis de personagens não-humanos cobertos com toneladas de maquiagem, roupas de borracha, prostéticos e efeitos especiais, interpretando desde zumbis e demônios, até alienígenas e seres mitológicos.
Seu maior destaque talvez tenha sido nas parcerias com o renomado produtor e diretor Guillermo del Toro nos filmes, ‘O Labirinto do Fauno’ e na seqüência de 'Hell Boy'.

Não pense você que em sua carreira, o ator só desemprenhou personagens não humanos e de maquiagem forte. De cara limpa, esteve presente em aclamados filmes como, ‘Adaptação’ [2002], ‘Heróis muito Loucos’ [1999], ‘Batman – O Retorno’ [1992] e alguns projetos independentes.

Em diversas entrevistas, Doug já confessou não se importar de estar quase sempre “escondido” nas cenas, pelo contrário. Diz que dessa forma, pode andar tranquilamente pelas ruas sem ser reconhecido e incomodado.

  
Confira abaixo algumas de suas peculiares atuações:

[A]  Capanga Palhaço - Batman Returns [1991]
[B]  Billy - Abracadabra [1993]
[C]  Yee - Guerreiro da Virtude [1997]
[D]  Corpo de Mason Verger - Hannibal [2001]
[E]  Abe Sapiens - Helboy [2004]
[F]  Doom - A Porta do Inferno [2005]
[G]  Tartutic - A Dama da Água [2006]
[H]  Fauno - O Labirinto do Fauno [2006]
[I]  Pale Man - O Labirinto do Fauno [2006]
[J]  Surfista Prateado - Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado [2007]
[K]  Chamberlain - Hellboy 2 - O Exército Dourado [2008]
[L]  Anjo da Morte - Hellboy 2 - O Exército Dourado [2008]
[M]  Ice Cream Man - Legião [2009]

Adoro os personagens de Doug Jones e sempre fico animada quando descubro alguma nova participação sua em algum grande projeto.
Todos os seus papéis são feitos com a mesma competência e talento, deixando impressionado a qualquer um que assista sua atuação.

Por hoje vou ficando por aqui, deixando evidente a sua enorme aptidão para desempenhar figuras debaixo de muito látex e maquiagem.


Até a próxima edição do Oba Oba!! ;)

Ana Luisa - Curta Cine Pipoca Doce e fique por dentro das novidades e críticas cinematográficas!
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Você precisa conhecer: Elena

O filme Elena surpreendeu a todos – e atraiu – bastante curiosidade do público em geral depois do um vídeo que rolou no Facebook trazendo vários artistas famosos falando sobre uma tal de Elena, suspirando de saudade e lembrando com muito amor. Veja abaixo antes de ler o post:


Pois é, corri para ver onde o filme estava sendo exibido e só tinha em um (isso mesmo 1!) cinema no Rio de Janeiro. Sem contar que era super longe da minha casa. Enfim, aguardei alguns meses e a curiosidade só aumentava pra saber a história dessa menina que chamou a atenção e levantou os suspiros de Wagner Moura (um dos meus atores preferidos de to-do o Universo!). Esperei chegar no mundo das internetes para conferir e corri pra contar minha experiência aqui no blog. :-) 

Elena não é apenas um filme. É uma declaração de amor de Petra Costa, a diretora, a sua irmã, Elena. É um sentimento bem comum entre irmãos que se dão bem e eu me senti totalmente tocada, porque a minha irmã é uma referência muito forte pra mim, assim como Elena era para Petra, a caçula. Caçula que como eu, dedicou um filme diferente de tudo que vi e de tudo que foi produzido pelo cinema nacional.



Toda história é narrada do ponto de vista de Petra e de sua mãe, contando a vida de Elena até o seu trágico suicídio, explorando sua paixão pelo teatro e sua vontade de ser atriz de cinema. Para aqueles que são mais agitados, o filme que dura 74 minutos pode parecer bem chato mas garanto que vale a pena! Na verdade, trata-se de um documentário. 

A parte que mais marcante pra mim foi quando a mãe de Petra entra em cena contando um pouco sobre Elena. O suicídio foi um marco na família e é tratado de uma forma bem delicada, o que faz toda a diferença. Posso dizer que toda a produção é bem sutil, encantadora, você se sente parte da família ao ver as gravações da infância das irmãs Costa. Eu adorei <3


Indico a todos que gostam de uma experiência nova, de um filme delicado e uma produção bem feita. Já que Petra dedica o filme a Elena, dedico esse post a minha irmã Nathalya. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sessão Riso: Jim Carrey

Uma maratona de cinema sempre é bem vinda. Acompanhada de pipoca com manteiga e boa companhia, melhor ainda! Seja num feriado, num dia nublado, na época da TPM... filmes de comédia são as melhores pedidas. Por isso, pensei em uma maratona com Jim Carrey, porque ele nunca sai de moda!

Única foto fofa e sem careta que eu achei dele, hahaha

Ace Ventura, 1994 e Ace Ventura 2, 1995
Tem cena melhor do que Ace Ventura sendo "parido" por um rinoceronte? Esse filme é um clássico e me faz rir até hoje! Na primeira história, Ventura vai tentar resolver o crime que envolve o sequestro de um golfinho. E na sua sequência, parte para a África, para encontrar um morcego branco sagrado. É diversão na certa! 

Show de Truman, 1998
O filme narra a história de um homem comum que na verdade tem a vida contada por um reality show. Na minha opinião é um dos seus melhores trabalhos, com uma mistura bem legal de comédia e drama. Show de Truman até foi indicado em três categorias para o Oscar de 99, mas não faturou nenhuma. 

Grinch, 2000
O CLÁSSICO do Natal! Quem não viu Grinch não merece meu respeito! :-P 


Todo Poderoso, 2003
Quando Bruce assume o lugar de Deus por uma semana, não sabia que ia ser tão atribulado. Em Todo Poderoso, Jim Carrey faz o que sabe fazer de melhor: nos fazer rir. 

Desventuras Em Série, 2004
Talvez não seja um dos seus melhores trabalhos, mas vale a pena ver. Na trama, Carrey interpreta Conde Orlof, que assume várias identidades para atrapalhar a vida dos três irmãos, Klaus, Violete e Sunny. Ainda não li os livros, mas com certeza assim que possível farei um post só sobre ele. 

O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, 2004
Esse filme, ao contrário do último citado, fez a festa com as indicações. Pena que nenhuma delas Jim Carrey levou a melhor... 


Loucuras de Dick e Jane, 2005
Pode parecer bobo, mas esse é um que eu adoro! Dick e Jane ficaram falidos do dia pra noite e terão que sobreviver como Bonni e Clyde.   

Número 23, 2007
Um dos mais sombrios e diferentes trabalhos. Número 23 narra a obsessão Walter Sparrow pelo algarismo que vai tornando-o cada vez mais paranoico...  

E para fechar a lista:

Sim, senhor, 2008
Um dos filmes mais legais do mundo! Com certeza irei revê-lo depois de escrever aqui. O filme conta também com o talento de Zoey Deschanel como Alisson, parceira atrapalhada de Carrey. 


Sim, senhor fecha um ciclo de ótimos filmes de Jim Carrey e estou ansiosíssima para ver sua participação em Kick Ass 2! Você deve ter sentido falta de um  filme em particular que sempre passa aos domingos na TNT e no dia dos pais né? Tirei O mentiroso da lista, porque acho que ninguém mais aguenta ver esse filme, né? Mas ele é excelente, nada contra! Haha :-)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Você precisa conhecer: Uma história de amor e fúria

Confesso que fiquei super empolgada pra ver essa animação nacional, mas infelizmente não consegue assistir no cinema. Pra quem não sabe Uma história de amor e fúria conta a relação de um casal através dos tempos pegando desde o período colonial até uma sociedade futurista. E como eu amo e estudo história do Brasil tenho críticas e elogios ao filme que tem na dublagem nomes ilustres como Selton Melo, Camila Pitanga e a participação especial de Rodrigo Santoro.


A Parte 1 começa em 1566 na Guanabara, no atual Rio de Janeiro, e conta a história do índio Abeguar e seu amor por Janaína. Na verdade, vai além disso: conta o conflito entre tumpinambás e os portugueses no século XVI, já que os índios ajudaram os franceses, até então invasores, a se estabelecerem no Rio. Era bem comum naquele período, grupos invasores se aliarem a tribos indígenas para guerrear lado a lado, nesse caso portugueses-tupiniquins e franceses-tupinambás. Gostei dessa parte porque explora bastante, mesmo que indiretamente, a missão da França Antártica e a fundação da cidade do Rio de Janeiro. Mas calma que não é nada massante! A única coisa que eu não gostei foi a forma como exploraram o canibalismo na animação porque temos que entender que era um ritual muito mais complexo do que apenas comer gente.  

Na segunda parte transpassamos mais de 200 anos e estamos no Maranhão de 1825, às vésperas da Balaiada. Mais uma vez, meu elogio vai ao detalhe do filme em retratar a sociedade brasileira naquele período como a plantação de algodão e a questão dos negros forros lembrando havia escravos libertos, mesmo que essa seja uma realidade quase que invisível. Depois da revolta, Janaína novamente morre – nessa vida pela febre amarela e malária – enquanto isso nosso protagonista vaga através dos tempos.

A terceira e penúltima parte é em 1968 durante a Ditadura Militar e os Anos de Chumbo. Novamente nosso casal está no lado mais fraco da história, assumindo o posto das guerrilhas urbanas afim de derrotar o regime. O interessante da história é que ao ganhar o dom de voar, o índio Abeguar recebe também a missão de derrotar o espírito da destruição (Aiangá), salvando a humanidade do mal. 

Chegando ao fim, temos o Rio de Janeiro de 2096 totalmente governado pelas milícias particulares onde a luta pela água potável é uma realidade concreta. Uma cidade futurista que me lembrou bastante inteligência Artificial e Blade Runner. Enquanto a água é vendida a preço de ouro a quem pode comprar, as camadas mais pobres bebem água do mar infectada.

"Viver sem conhecer o passado é viver no escuro"
Na verdade, o filme não acaba quando termina, afinal todos os dias estamos lutando por algo. E é essa a “moral” da história: é possível sim mudar o futuro. O que eu mais me encantei foi o enredo em resgatar pontos da história do Brasil. Dou 8 unicórnios felizes pelo roteiro <3 

A atriz Camila Pitanga cantou uma das músicas que aparecem no filme :-)