terça-feira, 30 de julho de 2013

Oba oba - As mil faces de Javier Bardem

O segundo filho dos atores Javier Bardem e Penélope Cruz acaba de nascer e o OBA OBA irá realizar uma homenagem ao magnífico papai espanhol.

Sabe aquela angústia suprema e indescritível de ver um ator e ficar se debatendo durante quase todo o filme tentando lembrar, 'GENTE, DA ONDE EU JÁ VÍ ESSE CARA?'
Eu sei, eu sei... É horrível, mas aposto que isso já deve ter ocorrido com frequência se tratando de Javier Bardem.
Calma! Você não tem culpa, pelo contrário, a culpa é toda dele!! O espanhol tem um talento nato para se caracterizar esteticamente em personagens totalmente diferentes um do outro.

Fique tranquilo, agora você vai conhecer e se fascinar com algumas das mais famosas faces do ator.


[1992] Em 'Jamón, Jamón', Bardem vive o Raul e contracena pela primeira vez com a atriz, e a atual esposa, Penelope Cruz.
Aparência: Sedutor, um toureiro e também modelo de cuecas. [A]

[1997] Ainda jovem, encarnou o personagem David, um cadeirante que praticava basquete no filme 'Carne Trêmula', dirigido pelo renomado e também espanhol Pedro Almodóvar.
Aparência: Policial bem apanhado que é obrigado a usar cadeira de rodas devido a uma tragédia. [B]

[2000] Em 'Antes do anoitecer', Javier vive um escritor cubano.
Grandes nomes participaram do elenco deste filme, como o Sean Penn e Johnny Depp.
Sua interpretação lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.
 Aparência: Poeta e Homossexual assumido. [C]

[2004] Sem dúvidas um dos mais tocantes é o Ramón Sampedro do filme 'Mar Adentro'. Um ex-marinheiro que ficou tetraplégico e luta pelo direito de tirar a sua própria vida.
Aparência: Impressionante maquiagem onde transforma o ator num velho careca. [D]

[2006] Bardem contracenou com Natalie Porman em um drama de época dando vida ao inquisidor Irmão Lorenzo no filme 'Sombras de Goya'.
Aparência: Padre com longas madeixas e trajes de época. [E]

[2007] Javier também já foi poeta... Sim, e dos bons!!!
Florentino Ariza do filme 'O Amor nos Tempos do Cólera' foi uma adaptação para o cinema do famoso romance de Gabriel García Márquez.
Aparência: A trama se passa em duas épocas, sendo assim temos Florentino novo e em seguida velho. Como sempre a equipe de maquiagem deixando Javier irreconhecível. [F]

[2007] No mesmo ano pulou de poeta para um singular e estranho assassino de aluguel que é sempre bem lembrado pela crítica até os dias de hoje. 'Onde Os Fracos Não Têm Vez'. Filme escrito e dirigido pelos Irmão Coen, vencedor de 4 Oscars, incluindo o de Melhor Ator (Javier Bardem).
Aparência: Os irmãos Coen decidiram, na escolha de elenco, optar por um ator que interpretasse o personagem de forma que este "parecesse vir de Marte", evitando que a audiência identificasse sua origem. O resultado é este assassino de aluguel assustador e com um bizarro cabelo chanel. [G]

[2008] No filme "Vicky Cristina Barcelona", dirigido pelo Woody Allen, o ator vive Juan Antonio, ex marido da personagem de Penelope Cruz, oque é uma ironia, já que neste filme eles engataram um namoro na vida real.
Aparência: Lindo, sedutor e temperamental. [H]

[2010]  Biutiful é um drama em que eu estou doida para ver mas ainda não consegui (Colunista sincera). (rs)
Mas pelo que sei, é um filme soco no estômago e lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator neste ano no Festival de Cannes.
Aparência: Morinbundo [I]

[2010]  Pode acreditar, até Brasileiro ele já foi... Ou não se lembram de Felipe, par romântico de Julia Roberts em 'Comer, Rezar, Amar'.
Mas ele foi esforçado, e confessou em uma entrevista que pediu ajuda de amigo brasileiro para compor seu personagem. Tentou evitar carregar no sotaque gringo e utilizar gestos e movimentos que fizesse de sua atuação a mais brasileira possível.
Aparência: Abusando de um visual bem brasileiro, o personagem até resgata um chapéu à lá Bossa Nova típico de gringo que acha que no Brasil, todos usamos. (rs) [J]

[2012] Seu trabalho mais recente lançado e com mudança de visual mais significativa foi em '007 Operação Skyfall', Bardem foi o primeiro latino a interpretar um vilão em um filme da franquia.
O personagem Raoul Silva é exótico, cínico, manipulador, insano e com uma dúbia sexualidade. Uma das melhores cenas do filme onde o vilão Silva acaricia o peito de Bond e conta uma história sobre a sobrevivência dos ratos que, quando estão famintos, podem até “comerem uns aos outros”. O agente secreto, sem nem pensar muito, responde com uma pergunta: “O que o faz acreditar que essa seria minha primeira vez?” (foto)
Aparência: Cabelo e as sobrancelhas descoloridas. [K]



E vem mudança por aí... O Conselheiro de um Crime, Esse é o próximo filme de Javier Bardem que possivelmente irá estrear em Dezembro deste ano. Pouco foi divulgado sobre o seu personagem, mas saca só o visual do gatinho!!! (rs)
Aguardaremos ansiosos para saber oque vem por aí...


Por hoje vou ficando por aqui e até a próxima edição do Oba Oba!! ;)
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Você precisa conhecer: Era uma vez eu, Verônica.


Nossa protagonista Verônica (Hermila Guedes) é recém-formada em Medicina e residente de psiquiatria num hospital público da capital pernambucana. Como boa parte da classe média que prosperou, Verônica contempla o paraíso pela frente: concluiu a faculdade, tem um emprego estável, uma casa própria que divide com o pai. Por que Verônica parece então tão insatisfeita com esse futuro de mar morno é a questão que o filme coloca ao espectador.

Era uma vez eu, Verônica traz a abordagem (pouco freqüente no cinema brasileiro) das vivências subjetivas de uma personagem sobre a qual o filme se debruça. A escolha do roteiro foi a de uma recém-formada médica de Recife, cidade natal do diretor Marcelo Gomes - que já assinou Cinema, aspirinas e urubus em 2005 e, em co-direção com Karim Aïnouz, Viajo porque preciso, volto porque te amo. Este último, lançado em 2009, acabou por se concretizar no formato da chamada “câmera subjetiva” levada ao extremo, oferecendo ao espectador apenas o que os olhos do personagem viam (ou filmavam), sem mostrá-lo de modo objetivo, dando-nos acesso apenas à sua voz, pensamentos, observações...·.


Câmera subjetiva não é o recurso narrativo de Era uma vez eu, Verônica, mas temos a voz em off da personagem explicitando seus pensamentos e reflexões, muitas vezes paralelamente à ação que se vê na tela. Em uma breve cena em que ela está tentando atender uma paciente silenciosa e chorosa, escutamos: “Diga alguma coisa para consolar essa mulher, Verônica!” - exemplo do que é oferecido ao espectador sobre o que a médica está sentindo/pensando.

Mas o que é que a Dra. Verônica pensa sobre ela mesma? Dentre outras coisas, que não é “romântica”; que tem interesse por sexo, mas não sente amor; e até mesmo que usa o sexo como válvula de escape quando as coisas não vão bem para ela. E acima de tudo, o roteiro (também assinado pelo diretor) faz Verônica nos dizer mais de uma vez do seu sentimento de “vazio”.

Verônica, volta e meia, reflete sobre si mesma como se fosse uma paciente sua, detendo-se entretanto em uma forma descritiva, vaga que seja – e como não poderia deixar de ser? – de seu "vazio" pessoal. Quando atende uma paciente com sensações muito similares às suas, quebra a barreira médico-paciente, e diz, emocionada, que sabe “mesmo” como a outra se sente. E é vista levando a paciente em casa, no seu próprio carro. Decididamente, a Dra. Verônica precisaria de uma supervisão, tal a ingenuidade das atuações profissionais em que é vista. Nada contra uma personagem algo ingênua, ainda jovem na atividade e ainda pouco experiente e despreparada: mas o desenvolvimento (ou não-desenvolvimento) no arco da personagem vai se mostrar pouco verossímil e refém de uma dramaturgia... vazia na construção ficcional.


(Trailer oficial do filme)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que eu achei: Meu Malvado Favorito 2

A sequência de Meu Malvado Favorito trouxe os personagens mais queridos dos últimos anos, podemos até arriscar dizendo que foi uma das estreias mais esperadas de 2013! A produção da Paramount Pictures está lado a lado da produção feita pela Pixar, e posso dizer que MMF é muito mais legal que Universidade Monstro.  Os minions fizeram tanto sucesso que vão voltar com um filme só deles em 2014 e nessa sequência, descobriram a fórmula do sucesso e permitiram mais cenas com os pequeninos.


O filme começa com a vida de Gru totalmente dedicada as filhas: Agnes, Edith e Margô, só que a sua reputação faz com que a Liga de Anti-Vilões o convoque para perseguir um vilão que roubou uma importante fórmula capaz de dominar o mundo. Então, o ex-vilão será o herói da história ao lado da nova parceira Lucy e, é claro, de seus minions. Ao mesmo tempo, Gru vai ter que lidar com o crescimento das filhas e o início do interesse de Margô com os meninos. São quase duas horas em que sua barriga dói de tanto rir e morre de amores pela Agnes! 

Achei esse filme bem melhor que o primeiro, deve ter sido pelo roteiro e o amadurecimento dos personagens. O novo vilão do filme El Macho foi dublado por ninguém menos que Sidney Magal! Juro que isso deu um toque a mais no filme e toda vez que o personagem Eduardo falava alguma coisa eu esperava que ele cantasse Santa Rosa Madalena (#chateada). Outras duas dublagens famosas que podemos identificar no filme é de Lucy, que ficou encarregada pela atriz Maria Clara Gueiros e do Gru, pelo comediante Leandro Hassum.


É um filme muuuuito bonitinho pra ver com toda a família. Engraçado que todas as crianças foram com os seus minions - o brinde do Mc lanche feliz desse mês - e eu, é claro, levei o meu também!

@ollys_
Só espero que a franquia não entre em exaustão (como aconteceu com Shrek A Era do Gelo) e que próximos filmes venham com qualidade em seus enredos. Meu Malvado Favorito foi uma das maiores estreias desse ano, não é a toa que domina no ranking das bilheterias e só posso aguardar para a estreia do filme dos minions  <3

terça-feira, 16 de julho de 2013

Especial Tarantino: Para se apaixonar #1

Essa iniciativa veio pela Mostra Quentin Tarantino que vai ter no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) aqui no Rio de Janeiro, entre os dias 17 e 29 de julho. Vai ser exibida toda a filmografia do diretor que se revelou uma joia rara para Hollywood nos anos 90. Então, nada mais justo do que homenagear listando um top 3 (primeiro o meu, depois o do Leonam) com as características marcantes, que nós do C&C, mais amamos!


1 Trilha sonoras
Pra mim, um filme bom tem que ter uma trilha sonora e Tarantino faz com que suas virem realmente alvos de aquisição. De toda a sua filmografia, as que mais se sobressaíram - pelo menos pra mim - foram: Django Livre, Pulp Fiction e Cães de Aluguel. Decidi colocar esse tópico primeiro pra você ler o post ouvindo as melhores músicas. Vamos então as selecionadas!

~ 2pac + James Brown - The Payback/Untouchable

I like the way you die, boy

~ Urge Overkill - Girl, You'll Be a Woman Soon

Toque do meu celular durante muito tempo!

~ Blue Swede - Hooked a Felling


2 Personagens femininas
Esse é um tópico bastante importante, afinal, conte nos dedos personagens femininas que tem destaque em filmes que não sejam comédias românticas. Mia Wallace, Ellen Driver, Shoshana, Broomhilda... São todas mulheres com personalidades fortes e fazem suas próprias histórias. Mil pontos a Tarantino por isso!


3 Tarantino infiltrado 
Além de Alfred Hitchcock não lembro de outro diretor que faz uma ponta em seus filmes... Na verdade, Quentin Tarantino vai além disso, ele se dá personagens, o que faz tudo ficar mais divertido! Quando escolhi esse tópico, eu não poderia deixar de registrar a cena inesquecível de Cães de Aluguel onde Mr Brown, nosso homenageado, fala sua teoria maluca sobre a música Like a Virgin de Madonna. 

"Um monte" 

Tendo mistérios, códigos ou não, a filmografia de Tarantino tem muita coisa boa para nos oferecer! Quem ficou louco e quer ver os horários das sessões, pode acessar a página oficial do evento (aqui!). Só marcar com os amigos e aproveitar, a entrada é 6 reais. Nos vemos lá! E aguardem a Parte II. :-) 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Infanto Juvenil: Dezesseis Luas, A hospedeira, Warm Bodies

Três filmes que vi nesses últimos dias que foram adaptados de livros infanto-juvenis. Provavelmente vou procurar as três leituras porque gostei bastante de alguns personagens em especial e do desenvolvimento da história. Quem já leu algum deles, coloque sua  no comentário!

* Meu namorado é um zumbi ou se preferir, Warm Bodies (2013)
Embora a cena que cita o título do filme em português é muito engraçada, odiei essa "tradução". A primeira impressão quando vi Warm Bodies é que não é um filme pra fã de The Walking Dead, a história é a seguinte: o filme todo é a partir da visão do zumbi colecionador R e de como ele vê o mundo pós-apocalíptico - o que é fantástico. R mostra que ao comer pessoas vivas, o cérebro principalmente, o zumbi absorve as memórias daquelas pessoas e é como se sentir vivo. Ao conhecer Julie, R volta a ter um estranho sentimento e, a cada dia, ele volta a ser mais humano. Foi o primeiro filme que trouxe uma questão interessante: o que acontece depois da decomposição completa dos zumbis? Eles viram "ossudos" que são mais cruéis e tal. Na verdade, Warm Bodies faz uma analogia interessante sobre o amor. Ele é a cura mais poderosa do mundo (definitivamente não é pra fã de TWD). O destaque do filme é a trilha sonora com músicas clássicas e outras indies, vale a pena baixar depois. Contabilizando a minha curiosidade para ler a história original seria 8.5, porque o R é uma gracinha (nunca pensei que fosse dizer isso).



* Dezesseis Luas (2013)
Baseado no primeiro volume da série Beautiful Creatures, Dezesseis Luas conta a história de Lena, uma conjuradora (não a chame de bruxa!) e Ethan, um menino que está no último ano do high school e não vê a hora de sair da cidadezinha Gatlin. No primeiro contato com o filme vi milhares de pessoas julgando-o
como se fosse o Crepúsculo de bruxas (assim como li também Crepúsculo de zumbis para Warm Bodies), mas sinceramente, não poderiam estar mais errados... Reduzir qualquer história que tenha uma menina e um menino com alguma força sobrenatural a Crepúsculo é bobagem. Há, evidentemente, uma predileção de Hollywood para livros infanto-juvenis mas isso não quer dizer que o filme em questão não seja bom. Enfim! Voltando a história: Lena é uma conjuradora que irá fazer 16 anos e logo saber pra qual lado (trevas ou luz) seus poderes irão tender. No meio disso, ela conhece Ethan e logo eles se gostam mas o amor deles vai ser ameaçado por uma maldição... aí terá que ver o filme para ver o desfecho. Com certeza vou procurar todos os livros porque o filme não te dá um final (porque têm três livros, dã) e espero que já já façam a continuação!


* A hospedeira 
Depois do Dezesseis Luas foi o filme que eu mais gostei, deve ser porque sou apaixonada por esse tipo de enredo - futuro da humanidade, invasões alienígenas etc. A história é a seguinte: uma grande invasão de seres que usam humanos como hospedeiros. E é claro, há alguns núcleos de resistência que a protagonista, Melanie, faz parte. Depois de ser pega e passar pela cirurgia de implantação da alma alienígena, Mel ainda encontra uma forma de se fazer presente tornando seu corpo com duas almas diferentes e aí começa a aventura. Não sei dizer se o livro foi bem adaptado, mas faltou um pouquinho de ação no filme. Stephenie Meyer, a mesma escritora da Saga Crepúsculo, fez uma história - pra mim - bem original e é a produtora do filme então ele não deve ser tão diferente assim... Em suma: minha nota seria 7.9 pela falta de ação e o final pode desapontar um pouco, por ter um desfecho bastante rápido mas fora isso é ótimo!


Qual é o melhor? :-)

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Labirinto de Kubrick (2012)

Stanley Kubrick era um gênio. Um dos maiores cineastas de todos os tempos. Filmes como Laranja Mecânica, 2001 - Odisseia no Espaço e O Iluminado - que é o tema desse documentário - fazem parte da  galeria dos eternizados pela cultura pop. E é claro, pelas teorias de conspiração. O Labirinto de Kubrick, lançado em 2012, traz várias dessas teorias que foram analisadas por cinco pessoas; algumas fazem sentido - já já comento cada uma - mas outras fogem do real. Até mesmo para Kubrick.


Talvez outro diretor que goste de colocar ligações em seus filmes seja Quentin Tarantino e, obviamente, ele aprendeu com o melhor. A primeira teoria é a que O Iluminado faz diversas referências ao genocídio indígena americano, afinal no filme mostra que o hotel onde a família Torrance se hospeda foi construído em um terreno que era um cemitério indígena. Diversos quadros de índios decoram o hotel e além disso, a história do próprio do Oregon é marcada pela luta entre brancos e nativos. A famosa cena da sala sendo coberta de sangue foi analisada como um link de repressão - pois as portas dos elevadores continuam fechadas - e do genocídio - a quantidade de sangue. 


Outra ideia é que o filme também mostra especulações envolvendo o holocausto. Quem analisa é um historiador especializado na história da Alemanha, precisamente da Segunda Guerra Mundial, e a primeira deixa que expõe é a marca da máquina de escrever - que muda de cor ao decorrer do filme (bizarro, porque eu não percebi isso!) - e mostra também a obsessão do diretor pelo número 42, que data a intensificação dos nazistas em exterminar os judeus (lembre-se das suas aulas de história!). Eu não levei muito a sério essa questão mas o que trouxe um pouco de seriedade a interpretação foi o diálogo que Jack tem com Wendy, na cena mais clássica do filme, onde narra a história dos três porquinhos. Ora, sabemos que "porco" era cruelmente usado pelos nazistas para chamar/humilhar os judeus. Outras questões dessa análise que liga O Iluminado com o fato histórico são expostos, mas pro post ficar num tamanho legal, só coloquei os mais marcantes. 

A especulação que eu mais gostei foi a da Juli Kearns, embora o começo da teoria dela fosse totalmente fail. Ela acredita que Jack Torrance é minotauro do labirinto de Kubrick, o que é bastante interessante quando coloca a cena que ele está com um olhar bizarro entre do hotel - que também pode ser encarado como um labirinto - observando Wendy e Danny brincando no lado de fora. 


A mais bizarra, embora seja a que tenha mais "ligações" com o filme, remete a lenda urbana que Kubrick foi um dos responsáveis da gravação da viagem à Lua feita pela nave Apollo 11, em 1969. Após o seu estrondoso sucesso de 2001 - Odisseia no Espaço alguns fanáticos acreditam que o diretor participou dessa conspiração governamental e em O Iluminado tentou, a partir de mensagem subliminares, confessar o ato. São mensagens como o carpete emblemático do hotel, a camisa de Danny, diálogos de Jack que sustentam a teoria. Outra bizarra teoria é a que o diretor do hotel, Stuart Ullman, tem uma ereção ao apertar a mão de Jack. Loucura né? 

Uma das últimas teorias do documentário é a mensagem subliminar de Kubrick para Stephen King - já que o filme foi uma apropriação da ideia central do autor - quando no filme mostra um acidente de um caminhão com um fusca vermelho, que era na verdade o fusca da história de King, enquanto no filme o carro é da cor amarela. Dizem que foi uma mensagem mal criada do diretor para o autor, já que ele disse que o filme ficou uma bosta horrível. 

A filmografia de Kubrick é citada durante todo o filme, então quem só viu O Iluminado pode se perder um pouco (ou pode ser um incentivo para se apaixonar de vez!). Infelizmente, nunca saberemos a real intenção dele ao filmar todos seus filmes - ou se ele queria, realmente, uma intenção. A dica é se jogar nessa lista linda de filmes, clássicos e bem feitos, e criar suas próprias teorias. E quem já tiver, POR FAVOR, deixe nos comentários!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Spring Breakers


O filme começa com a música Scary Monsters and Nice Sprites do Skrillex mostrando uma grande festa com pessoas tri-loucas. Tipo Ibiza. Esse é o estilo de Spring Breakers que no elenco traz James Franco, Selena Gomez e Vanessa Hudgens; e se engana quem pensa que as mocinhas conhecidas pelos seus trabalhos da Disney irão, mais uma vez, em busca de seu amor juvenil com roupas comportadas e muito juízo na cabeça...


A fotografia é bem marcante e forte e em algumas cenas há sexo explícito e consumo de drogas, então para os menores de 16 anos o filme não é muito indicado. Antes de escrever esse post, vi uns comentários sobre Spring Breakers de pessoas totalmente decepcionadas com a história. Acorda galera, isso não é um filme da Disney! A história é a seguinte: Quatro amigas vão roubar um restaurante de beira de estrada pra conseguir o dinheiro para a chamada spring breaker (férias da primavera). Com êxito, vão para a Flórida afim de beber, transar e dançar bastante. As festas, realmente, me lembram Ibiza. Depois de alguns dias, as quatro amigas são presas por consumir drogas. Alien (James Franco) é um traficante que libertará as meninas em troca de alguns favores... Aí o filme começa.

A trilha sonora é 80% composta pelas músicas de Skrilex e Cliff Martinez; dois caras feras do dubstep internacional. Mas também conta com Ellie Goulding e The Black Keys <3 Todas as músicas você pode conferir no vídeo abaixo:


O filme foi lançado em março deste ano, mas não veio aos cinemas brasileiros. Quem quiser conferir vai ter que alugar ou baixar pela internet. Eu gostei do filme pelo simples fato de surpreender com a capacidade que as atrizes principais se transformaram nesses papéis. E mais uma vez James Franco se mostra uma das jóias raras de Hollywood.


Quem aí já viu ou ficou com mais vontade? Comente!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Você precisa conhecer: Colegas

O filme Colegas recebeu um marketing absurdo pelos protagonistas portarem síndrome de down, mas te garanto que esse foi um mero detalhe nessa obra prima do cinema brasileiro. Foi um dos filmes mais legais e emocionantes que eu vi, com certeza virou um favorito. Reuniu duas das minhas maiores paixões: Raul Seixas e a história do cinema, citando filmes como Psicose, Casablanca, Cidade dos Homens, Homens de Preto, Tropa de Elite, James Bond e por aí vai...



A história central é a seguinte: Três amigos, Aninha, Marcio e Stallone, fogem do instituto aonde moram para fazer das suas vidas uma aventura, se inspirando no filme Thelma & Louise. Roubam o carro do zelador e caem na estrada afim de realizar três desejos correspondentes aos protagonistas. Stallone tem o sonho de conhecer o mar, Aninha de se casar com um cantor e Márcio de voar; um detalhe é que cada um desses desejos é um modo de se aproximar de seus pais – que morreram, no caso de Márcio – ou abandonaram seus filhos – no caso dos outros dois. Ao roubar uma loja de conveniência com uma arma de brinquedo, os colegas serão perseguidos pela polícia e identificados como perigosos e fortemente armados pela mídia.

Ao decorrer do filme, músicas de Raul marcam a trilha sonora do filme e os diálogos são marcados por frases ilustres do cinema mundial. A ligação entre os colegas e o cinema vem do trabalho dos três na videoteca do instituto. Na viagem que irá marcar suas vidas, o trio se identifica como no filme Cães de Aluguel – Mr. Blue, Miss. Pink e Mr. Green.

A espontaneidade dos atores Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Breno Viola foi uma das coisas mais sensíveis do filme e em alguns momentos do filmes o preconceito pela síndrome é mostrado mas logo contornado de uma forma descontraída, afinal esse não é o tema central do filme. Essa é a minha dica na coluna Você precisa conhecer porque é um filme cuja a sensibilidade ultrapassa de todos os limites e é super divertido!


Quem já viu e conseguiu reconhecer todas as representações dos filmes em Colegas

O trio com o prêmio Kikito

terça-feira, 2 de julho de 2013

Conheça: Hunger Games

É claro que você viu o filme ou já ouvir falar... Mas com certeza, você não prestou muito na trilha sonora. Hoje em dia, o fenômeno dos filmes do público infanto-juvenil é investir na trilha sonora com bandas e artistas conhecidos. Depois de Twilight (não tenho vergonha de admitir!) a trilha que mais me impressionou foi Hunger Games, ou Jogos Verozes como preferir.

Todas as músicas tem uma atmosfera interessante que te remete mesmo ao mundo dos tributos, da briga pela sobrevivência e de Katniss Everdeen. A que eu mais gostei foi Come Away to the Water do Maroon 5, o que é óbvio já que eu sou mega fã dos caras desde o primeiro cd Songs About Jane.



Além disso, a trilha foi bem estruturada com artistas como Arcade Fire (amo!), Taylor Swift, Kid Cudi e Decemberists. Dica ótima pra ouvir estudando, lendo (Hunger Games ou não), indo para escola/faculdade enfim, é bem envolvente. Caso tenha ficado com curiosidade, procure Hunger Games - Songs from district 12 and Beyond, que é bem diferente do Hunger Games: Original Motion Picture Score que são músicas curtas e que compuseram realmente o filme.

Agora é só esperar pra ver o que o The Hunger Games: Catching fire vai nos trazer, tanto na questão da história como nas músicas! Se você já ouviu e gostou, comente! :-)