sexta-feira, 10 de maio de 2013

"O Estranho Mundo de Tim Burton"



Tim Burton pode não ter a fama de fazer filmes blockbuster ou ser intitulado diretor “cult”, mas o fato é que muitos de seus filmes são sucesso de bilheteria. E o que tentarei desvendar nesse pequeno texto é o porquê do sucesso do diretor.

Particularmente, sou fã de Tim e o ponho no topo do pódium de meus diretores preferidos. Então peço desculpas antecipadamente pela correnteza de elogios que pode surgir por aqui.

O trabalho de Tim é facilmente reconhecido logo a vista. Sempre captamos a essência dele em suas obras. Muito por causa da fotografia tipicamente sombria e a sobreposição de cores nas telas. A primeira vista é o item que mais se destaca em seus filmes. Um ótimo exemplo dessa espetacular fotografia é o querido “Edward, Mãos de Tesoura”, no qual temos os dias expressos em cores quentes como vermelho, verde e amarelo, e as noites bastante frias e escuras onde os tons de cinza e preto são claramente expostos. É claro que os filmes são figurações daquilo que mais os inspira. O próprio Tim já disse que seus filmes são expressões de sua própria personalidade e resultados de sua vida, principalmente quando criança.

Sua carreira começou nos Estúdios Disney com animações e de lá podemos tirar alguns sucessos como “Vincent”. Mas a produção tipicamente sombria de Tim não mais se encaixava com as produções Disney e ele aventurou-se por fora dela. E devo admitir que ele fez muito bem, porque os melhores filmes dele vieram no pós-Disney. Entre a lista se encontram “Os fantasmas de divertem (Bettlejuice)”, o próprio “Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands)”, a dupla de filmes do homem morcego “Batman” e “Batman – O Retorno”, a versão de 2001 de “O Planeta dos Macacos (Planet of the Apes)”, dentre diversos outros.

Mesmo nas produções não tão aceitas pela crítica, como “Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland)” e “Sombras da Noite (Dark Shadows)”, Tim consegue se expressar extremamente bem e fazer dos diversos estilos, a sua própria versão.

É importante ressaltar nessa pequena análise sobre a filmografia do Tim, sua parceria impecável com o ator Johnny Depp. 99% das criações de Tim, temos Johnny no meio. E em 90% temos a presença de sua digníssima esposa, Helena Borham-Carter. Juntos, os três conseguem ser como Athos, Porthos e Aramis e me deixar extremamente contente pelas obras compostas em unidade. É deveras interessante esse tipo de relação porque vemos que além da amizade, o talento se mistura nas telonas, e dessa forma, parece que o ator consegue transpassar exatamente aquilo que o diretor deseja sem precisar esforçar-se muito pra isso.

Tim é bastante conhecido como diretor, mas atua também como roteirista e não decepciona. Exemplo disso é o clássico “O Estranho Mundo de Jack (Nightmare Before Christmas)”, do qual Tim somente contribuiu com o roteiro, ou ainda “A Noiva Cadáver (Corpse Bride)”, do qual ele trabalhou na direção e roteiro.

Desta forma, Tim Burton se mostra um excelente profissional, roteirista e, principalmente, diretor, mesmo nunca tendo ganhado um Oscar, faz parte da Academia de Cinema e ajuda na comissão eletiva dos filmes. Um talento sombrio, mas que vem nos presentear com a luz de suas produções.
E aqui elejo um top dos cinco melhores filmes de Burton em minha opinião:

5- Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2003)
4- A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005)
3- A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999)
2- Edward Mãos de Tesoura (1990)
1-Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007)

A última produção de Burton foi o longa animado “Frankenweenie”, produção inspirada em um curta feito por ele mesmo ainda na época da Disney, que, nem preciso dizer, vale a pena conferir!

Por: Camilla Andrieto

Um comentário:

  1. Não sou muito fã do Burton, mas gosto de alguns trabalhos dele. Acho que "Sweeney Todd", "Edward" e "A Fantástica Fábrica de Chocolates" são os meus favoritos, além de "Frankenweenie" que eu achei muito bom. Ótimo texto Camillinha <3

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