quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A primeira regra do Cinema&Cultura é...

... Falar sobre David Fincher.

Quando vejo um filme sempre analiso a característica central do diretor que o produz. Há diretores clássicos (Tarantino, Tim Burton, o próprio David Fincher) que somente pelo enredo, fotografia ou escolha dos personagens torna-se visivelmente identificável; e o que mais me atrai no David Fincher foi a produção de filmes no final da década de 90. Já falei aqui, quando abordei sobre o filme "Beleza Americana", um pouco da preocupação do homem com o século que viria (Você pode reler o post aqui!).


O século XX foi o mais movimentado de toda a História. Temos uma Revolução do proletariado  uma Primeira Grande Guerra, anos depois a Bolsa de Nova Iorque quebra deixando um país na miséria. Logo, surge uma figura mitológica que traz novamente um conflito mundial, cujo o medo torna-se banalizado. O mundo então se polariza entre dois centros de poder, onde há uma ameaça constante e o fim parece estar próximo. Depois de tanta lenga-lenga, a Guerra Fria termina como a chegada da primavera; o século terminou e o globo se torna mais conectado. Ufa... Quanta coisa, né? Imagina como a cabeça do homem não mudou perante tudo isso? É isso que Fincher vai abordar com tanto talento e genialidade. 

Depois que vi "Seven - Sete pecados capitais" (1995) a maneira com que o Detetive Somerset observa o mundo e a sua participação na polícia encaixa totalmente com o modo que O Narrador em "Fight Club" (1999) se sente. Apenas uma cópia. Falando nele, é bastante incomum achar uma pessoa que não se atraia por "Fight Club", ele é um daqueles filmes irresistíveis que cada frase é impactante e o efeito melhora a cada ano que passa. É como vinho. 


Torna-se visível a ideia de um homem atormentado, perdido e conformado. O consumismo, a necessidade de uma válvula de escape, o retorno ao estado natural são chaves de um entendimento. A banalização da morte, medo e dor vinda com a pós-modernidade é a chave para encarar o novo século. Como ele será?

Como abri o post, Seven trouxe a consagração, na minha opinião, de um diretor e um ator. Brad Pitt recebeu 7 milhões para estrelar esse filme, o que sem ele não teria o mesmo impacto. O som, efeitos de luz e até mesmo a tipografia seriam características marcantes de Fincher. Pode-se conferir o mesmo efeito de luz em Fight Club. Não há dúvidas que ambas as obras são excepcionais e seria um pecado capital não comentar aqui!


Esse é um tema bastante interessante, então por favor, deixem suas opiniões! :-) 

2 comentários:

  1. Adorei o post! Ficou ótimo o texto! =D

    Amo "Fight Club", ops, não posso falar sobre... Primeira regra. haha

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  2. Gostei muito de saber sobre esses filmes, falou muito sobre os dramas policiais, filmes densos, para cinema sou mais Hall Asbhy e menos Tarantino, mas acho bom conhecer essas visões!!!! É como ter outra forma de olhar o filme, uma viagem....

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