Ganhei o livro de presente e guardei de molho. Li outros na
frente e sempre que abria a porta do armário Richard Parker me encarava, mas
ainda não era o momento certo. Depois de um mês decidi lê-lo e confesso: não
poderia ter vindo em outra hora. Na verdade, se eu tive lido assim que ganhei não
aproveitaria da mesma forma. O momento da leitura casou direitinho com um
momento específico da minha vida, onde em todas as reflexões eu me sentia
tocada.
São ao todo 100 capítulos (371 páginas) onde Yann Martel
narra com perfeição a aventura que foi a
vida de Pi e tenho que destacar o quanto o roteiro foi bem adaptado. Algumas
coisinhas foram mudadas, mas nada que você se sinta traído. Só acho que tanto
para o livro quanto para o filme o título Aventuras
de Pi não tenha sido uma escolha feliz.
Não sei quanto a capa anterior ao lançamento do filme (estou
louca para saber!) mas a capa que corresponde o poster do filme é de alucinar.
Sempre quando pego para ler, fico segundos olhando nos olhos penetrantes de
Richard Parker, o famoso tigre-de-bengala do filme.
Não estou lendo em inglês, mas a capa é a mesma. |
A polêmica que todos dizem sobre o plágio de Yann Martel com a obra de Moacyr Scliar, Max e os felinos, já foi
desmentida. O próprio autor brasileiro disse que estava ciente da história do
menino Pi e que não pretendia na época processar Martel. Minha opinião sobre o
assunto é: Aventuras de Pi foi uma
apropriação da ideia de um menino e um tigre num barco, mas o diferencial é
como se conta a história. Não li o livro de Moacyr Scliar para comparar (mas com certeza irei lê-lo), mas
creio que o livro de Martel encanta por andar em várias religiões e mostrar seu
lado puro e encantador (lado que muitas pessoas esquecem tentando colocar uma disputa de qual é a melhor). O fato Martel colocar a
Índia como seu palco central e contar algumas histórias sobre o panteão hindu
me fez colocar Aventuras de Pi na
minha lista de preferidos.
A confissão número II do post é que Life Of Pi era o meu queridinho da noite do Oscar <3 E mal consegui me conter quando Ang Lee ganhou o prêmio. Amei de verdade. Esse é um tipo de filme que mexe com seu coração. É feito com uma sensibilidade além do normal, os de coração mole vão chorar assim como eu...
Quem quiser saber mais sobre a polêmica do "plágio" leia aqui!
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