Na trama,
acompanhamos um homem chamado Pat (Bradley Cooper) com sérios problemas
emocionais que pegou a mulher o traindo com um homem mais velho e as
consequências disso foram internação e distância da família. Algum tempo
depois, tentando superar seus problemas, o problemático homem volta para casa e
conta com o apoio da família, dos amigos e de uma moça que conhece por acaso.
Entre danças e promessas uma amizade vai se construindo sob pilares genuínos,
com verdade e sem segundas intenções, pelo menos não a princípio.
Uma ordem
judicial o impede de se aproximar da ex-mulher, mas ele insiste a todo custo
que amigos em comum estabeleçam uma comunicação entre os dois. É por meio
desses amigos que, inadvertidamente, conhece Tiffany (Jennifer Lawrence),
garota problemática e misteriosa que perdeu o controle da própria vida depois
da morte precoce do marido. Do encontro se estabelece uma relação insólita onde
esses dois fustigados pela crueza da vida vão se ajudar, mesmo que para isso
precisem confrontar seus fantasmas.
A direção é
detalhista, é parte importante para que toda a essência seja passada de maneira
correta em cada cena. O destaque nessa questão vai para as corridas de
desespero, uma trajetória ansiosa em busca de um sentido real para sua vida.
Quando Jennifer Lawrence entra em cena, o longa começa a ter mais sentido. Os
personagens se completam de uma forma peculiar, diálogos e reações
completamente fora da normalidade. Bradley Cooper consegue se doar ao
personagem. A sua construção cênica é inteligente e não se perde em nenhum
momento. Merecida sua indicação ao Oscar desse ano. Robert de Niro volta a ser
marcante em um papel depois de uma série de filmes terríveis. Bom ter o velho “touro
indomável” de volta.
É bem
verdade que neste ponto conseguimos antecipar o que vem adiante. A previsibilidade,
no entanto, não deixa esmorecer a energia vital de O Lado Bom da Vida, que está
concentrada mais em seus personagens e menos na trama. Bradley Cooper e
Jennifer Lawrence mostram entrosamento e conseguem fazer saltar na tela a
tensão envolvida na relação conturbada. David O. Russell conduz o longa com a
delicadeza necessária e faz ótimo trabalho de câmera.
Sim, nem
sempre a vida conspira a nosso favor, talvez somente nos filmes. E O Lado Bom
da Vida é um filme, afinal. E dos bons.
Assista ao trailer do filme:
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